Talvez por usar teorias demais eu ainda sinta tanto medo e ainda seja tão estranha, sim estranha. Sem essa minha estranheza eu não me sinto eu, sem ser estranha eu não me encontro, não me aceito e me estranho.. vivo aquela busca infinita do eu, o que por vezes é normal em meio ao mundo estranho.. as vezes sou estranha quando o mundo se torna normal, veja bem, quando o mundo é redondinho eu sou retangular e quando ele muda de forma eu mudo também, não me encaixando e continuando na minha estranheza feminina.
Mulheres são estranhas, ser mulher é algo estranho, porém deliciosamente estranho. Com minha mulherzice eu sou estranha, mas tão comum como as demais mulheres, nunca satisfeita e sempre encucada com essa coisa de amar. Ser mulher é muito estranho, tem toda uma pressão psicológica (deve haver algum comando atomístico no DNA feminino responsável por todo esse troço estranho de mulherzice). Mas tanto faz, ser estranha e ser mulher já é coisa demais, pelo visto não existe um sem o outro.. Talvez não só por usar teorias demais, mas por nascer mulher eu tenha medo e tanta estranheza assim dentro de mim, sou estranha em mim e me sinto estranha fora de mim.
Talvez um dia isso tenha sentido, ou talvez deve ser ago semelhante a teoria do Guia do mochileiro das galáxias : "Se um dia alguém descobrir para que serve o universo e por que ele está aqui, ele desaparecerá instantaneamente e algo ainda mais estranho e improvável o substituirá.", só que feita pra mulher: "
Se um dia alguém descobrir o que realmente as mulheres querem, instantaneamente algo ainda mais estranho e improvável a substituirá." E do jeito que são as coisas eu não duvido que só por pura sacanagem algo assim aconteça.
* Ser mulher é uma estranha maravilha, feliz todo dia da mulher.
Chys ;*